terça-feira, 31 de agosto de 2010

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

A dificuldade de aprendizagem está relacionada a vários fatores como:

- fatores emocionais;

- fatores orgânicos;

- fatores específicos;

- fatores ambientais.

Também devemos considerar os aspectos psíquicos que em muitos casos são responsáveis pelo baixo rendimento escolar.

As dificuldades de aprendizagem quando específicas, recebem a nomenclatura de acordo com os tipos apresentados: dislexia, disgrafia, disortografia e discalculia. Estas dificuldades podem aparecer isoladas ou associadas, no entanto, não se pode dizer que se instalem no primeiro ano. Os sintomas terão que aparecer várias vezes para caracterizar o diagnóstico.

CONCEITOS

DISLEXIA

É a dificuldade na aquisição e/ou desenvolvimento da leitura, geralmente acompanhada de distúrbios da escrita, existindo perturbações nas percepções associadas as dificuldades temporo espaciais, ao esquema corporal e a lateralidade. A dislexia tem sido relacionada a fatores genéticos, onde o paciente tenha familiares com problemas fonológicos. A dislexia apresenta um déficit no componente específico da linguagem, o módulo fonológico implicado no processamento dos sons da fala.

Dislexia visual

Características:

- dificuldade de discriminação visual, lentidão de percepção (quando não reconhece rapidamente a palavra)

- espelhamento

- dificuldade para seguir e reter seqüências visuais – ex: pai/pia

- distúrbio de memória visual

- dificuldade de análise e sínteses visual

- desnível entre as habilidades visuais e auditivas

Dislexia auditiva

Características:

- dificuldade de percepção auditiva distúrbios da escrita, existindo perturbações nas percepções associadas as dificuldades temporo espaciais, ao esquema corporal e a lateralidade. A dislexia tem sido relacionada a fatores genéticos, onde o paciente tenha familiares com problemas.

- prefere atividades visuais

- distúrbio da seqüência auditiva

- não consegue fechar a palavra

DISGRAFIA

Dificuldade específica do ato motor gráfico.

É um distúrbio da escrita quanto ao traçado da letra e a disposição dos conjuntos gráficos no espaço.

Características:

1) De ordem predominantemente motora

- aparece ilegibilidade pela distorção dos grafemas

- postura incorreta ao sentar-se

- lentidão demasiada

- traçado decalcado – aparece o traçado (marcas) do outro lado da folha

- traçado leve

- micrografia

- macrografia

- alterações na coordenação viso-motora – criança que escreve e apaga, escreve e apaga e fica tudo borrado.

- cansaço ou dores no braço ao escrever

- repasses – escreve, passando o lápis várias vezes em cima da mesma letra.

2) De ordem predominantemente espacial

- falta de organização espacial – não respeita linhas, margens e a organização do papel

- dificuldade para ligar as letras – Ex: b oca

- espaços irregulares entre as palavras – Ex: Obule caiu e quebrou

- traçado aberto

- traçado heterogêneo: hora grande, hora pequeno

- escrita em espelho

Causas:

- distúrbios na organização espacial

- distúrbios na motricidade ampla e/ou fina

- neurológicas

- pedagógicas

DISORTOGRAFIA

São transtornos que aparecem na escrita, que se caracterizam por:

1. Omissões (CABELO – CABO, CALO)

2. Contaminações (A MENINA É BEMBONITA)

3. Dissociações ( A MENINA É BEM BO NITA)

4. Acréscimos (O BONENÉ É VERMELHO)

5. Inversões (PERTO – PRETO, ALTO – LATO)

6. Substituições (JANELA – CHANELA, MILHO – MILO, BONÉ – PONÉ)

7. Aglutinações (AMENA É BEBONITA)

Causas:

- dificuldade de discriminação e retenção de elementos visuais e/ou auditivos

- influência de um meio sócio-econômico-cultural desfavorável (pronúncias erradas)

- defasagem nas operações cognitivas de análise e síntese (dificuldade de formar palavras)

- alfabetização inadequada (sistematizar, empregar em várias situações)

Dificuldades:

- auditivas (descriminação, memória, om/ão, e/i)

- visuais (percepção e memória) Ex: m/n, j/g, r/rr, s/ss, d/b, p/q

- auditivo e visuais (disortografia mista) percepção visual e auditiva, espaço, tempo (omissões, pontuações inadequadas ou ausência de pontuação; acréscimos).

DISCALCULIA

O termo discalculia refere-se à incapacidade de compreensão dos números e de suas relações, ou seja, a uma dificuldade de executar operações de matemática. Segundo Brown (1953), “a matemática pode ser considerada como uma linguagem simbólica cuja função prática é expressar relações quantitativas e especiais que tem a função de facilitar o pensamento”. As noções de matemática, para Fonseca (1995), emergem de experiências concretas e envolvem inúmeras habilidades que tem sua raiz na hierarquia da experiência e nos estágios do desenvolvimento psicomotor e do pensamento quantitativo. Entre essas habilidades, as principais são:

- noções de tamanho

- noções de forma

- noções de cor

- noções de quantidade

- noções de distância

- noções de ordem

- noções de tempo

Os desvios da linguagem verbal representam fator importante nas causas da discalculia. A alteração dos sistemas da linguagem está geralmente associada às dificuldades de organizar e categorizar a informação; no entanto, sabe-se de crianças não-disléxicas que apresentam discalculia, como também o contrário, isto é, crianças disléxicas que não apresentam problemas de cálculo.


Tamara Flor Rosenstengel - Fonoaudióloga
Valquíria R. Gomes Moraes - Fonoaudióloga



quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A importância do jogo para a Psicopedagogia - Jogo de damas


Segundo Macedo (1992),o jogo de damas é um recurso representado por conteúdos(tabuleiro,pedras brancas e pretas),estes por sua vez, são instrumentos que estabelecem inúmeras relações.O jogo de damas propicia uma ênfase no aspecto da estrutura,da relação da forma sobre o conteúdo.
Ao jogar são realizadas relações possíveis e necessárias, as combinações são praticamente infinitas.No jogo de damas as relações espaciais entre peças e tabuleiros estão presentes em todo o momento da partida, assim sendo, quando a criança joga constantemente constrói as relações espaciais topológicas, euclidianas e projetivas(Piaget e Inhelder,1948).
Esse jogo permite ainda que a criança construa relações lógicas, ou seja,articule cada jogada,construa estratégias,definindo boas e más jogadas em função do jogo.As relações matemáticas também estão diretamente implicadas ao jogar damas.
Além de relações espaciais,lógicas e matemáticas citadas anteriormente,implica ainda, o estabelecimento de relações psicológicas:saber lidar com o perder ou ganhar,competir,tomar decisões,admirar a jogada do adversário,aprendendo com ele transferindo para sua prática.
Assim sendo, o jogo de damas pode ser utilizado como recurso no consultório psicopedagógico, caracterizado jogo de regras,possibilitará diversas intervenções ao longo da partida possibilitando a aprendizagem como: aprender com o outro, de fazer igual,isto é, tomá-lo como referência e podendo até mesmo superá-lo.

http://www.ojogos.pt/jogo/3-in-1-checkers.html

Macedo,Lino de.Quatro cores senha e dominó.São Paulo,1997.Ed.Casa do Psicólogo.
Acadêmica do Curso de Pós Graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional do Centro Metodista - IPA
Trabalho requisitado para avaliação da disciplina Ludopsicopedagogia, Prof.Ms Rosa Eulódia Ramires.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Donald Winnicott

Este médico inglês enfatizou a importância de brincar e de criar para a criança





Winnicott defende a ideia de

que a personalidade de uma pessoa é feita

através de experiências da infância

Frases de Donald Winnicott:

"O precursor do espelho é o rosto da mãe."

"O buscar só pode vir a partir do funcionamento amorfo e desconexo, ou talvez do brincar rudimentar, como se em uma zona neutra. É apenas aqui, nesse estado não integrado da personalidade, que o criativo, tal como o descrevemos, pode emergir."

http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/donald-winnicott-427693.shtml